Todos os anos, em novembro, em especial os americanos, aguardam com ansiedade o Dia de Ação de Graças. Na televisão, os seriados e filmes, abordam o tema, no qual os personagens, ocupadíssimos, se preparam freneticamente para o grande dia. O amor e a família são exaltados e todos manifestam uma descoberta recente de apreço pelas pessoas em sua vida. Deus, é deixado de lado.
Quando a Páscoa se aproxima, as lojas enchem suas prateleiras com mercadorias coloridas, coelhos de chocolate e montanhas de bombons e balas, na esperança de faturarem alto em um feriado no qual os cristãos comemoram a ressurreição de Jesus Cristo. Deus, é deixado de lado pela maioria do povo.
A maioria das pessoas hoje fracassam em agradecer Àquele que " a todos dá vida, respiração e tudo o mais" (At 17.25). Todavia, o Senhor nos diz, na 1ª carta aos Tessalonicenses 5.18, que parte da vontade d'Ele para conosco é que demos graças.
Em vez de separar um dia para dar graças, nós cristãos deveríamos dar graças todos os dias, porque a nossa vida não pertence a nós mesmos. Fomos comprados "por preço" com o "precioso sangue" de Cristo (1Co 6.20; 1 Pe 1.19). Como cristãos, pertencemos a Ele, e Ele faz com que todas as coisas cooperem para o nosso bem. Assim podemos dar graças, não apenas em tempos de fartura, mas também em tempos de necessidade, de lutas, de provação e de testes.
Todos nós temos algum espinho na carne, mas, alguma vez ja oramos assim?
"Meu Deus, nunca Te dei graças pelo meu espinho. Já Te agradeci milhares de vezes pelas rosas em meu caminho, mas nem uma única vez pelo espinho".
O apóstolo Paulo foi exemplo de alguém que sabia ser grato:
" Digo isto, não por causa da pobreza, .porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado;de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome, assim de abundância como de escassez, tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.11-13). Na 2ª carta de Paulo aos corintios 4.17, depois que ele recapitulou exemplos dos sofrimentos pelos quais passou, ele se referiu a tudo como " leve e momentânea tribulação". Por que? Por que a presença e o poder do Espirito Santo em sua vida permitiram-lhe experimentar e expressar alegria e gratidão em meio a angustias. Sua experiencia pessoal com o Senhor vivo produzia todos os tipos de frutos que resultavam em louvor e ações de graça. Muitas pessoas em nossos dias buscam pela vontade de Deus como se ela fosse um tesouro ilusório que Ele esconde delas. No entanto, Ele claramente nos diz que parte de Sua vontade para nossa vida é: " Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para conosco" (1Ts 5.18).
A vontade d'Ele também esta ligada aos dois versículos anteriores: "Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar" (vv 16-17). Tiago escreveu: "Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações" (Tg 1.2). Não devemos permitir que as circunstâncias determinem a atitude do nosso coração. Nossas situações não devem ter nenhum peso em termos de alegria que produz corações gratos a Deus. Pratiquemos os três ( alegremo-nos, oremos e demos graças) e viveremos uma vida caracterizada pelo contentamento que Paulo experimentou. Se você está procurando pela vontade de Deus em sua vida, comece dando graças em todas as coisas. Você poderá se surpreender sobre onde essa atitude de gratidão poderá leva~lo.