quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Graças dou pelas Rosas do caminho e pelos espinhos que elas tem.

Todos os anos, em novembro, em especial os americanos, aguardam com ansiedade o Dia de Ação de Graças.  Na televisão, os seriados e filmes, abordam o tema, no qual os personagens, ocupadíssimos, se preparam freneticamente para o grande dia. O amor e a família são exaltados e todos manifestam uma descoberta recente de apreço pelas pessoas em sua vida. Deus, é deixado de lado.
Quando a Páscoa se aproxima, as lojas enchem suas prateleiras com mercadorias coloridas, coelhos de chocolate e montanhas de bombons e balas, na esperança de faturarem alto em um feriado no qual os cristãos comemoram a ressurreição de Jesus Cristo. Deus, é deixado de lado pela maioria do povo.
A maioria das pessoas hoje fracassam em agradecer Àquele que " a todos dá vida, respiração e tudo o mais" (At 17.25). Todavia, o Senhor nos diz, na 1ª carta aos Tessalonicenses 5.18, que parte da vontade d'Ele para conosco é que demos graças. 
Em vez de separar um dia para dar graças, nós cristãos deveríamos dar graças todos os dias, porque a nossa vida não pertence a nós mesmos. Fomos comprados "por preço" com o "precioso sangue" de Cristo (1Co 6.20; 1 Pe 1.19). Como cristãos, pertencemos a Ele, e Ele faz com que todas as coisas cooperem para o nosso bem. Assim podemos dar graças, não apenas em tempos de fartura, mas também em tempos de necessidade, de lutas, de provação e de testes.
Todos nós temos algum espinho na carne, mas, alguma vez ja oramos assim?
"Meu Deus, nunca Te dei graças pelo meu espinho. Já Te agradeci milhares de vezes pelas rosas em meu caminho, mas nem uma única vez pelo espinho". 
O apóstolo Paulo foi exemplo de alguém que sabia ser grato:
" Digo isto, não por causa da pobreza, .porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado;de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome, assim de abundância como de escassez, tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.11-13). Na 2ª carta de Paulo aos corintios 4.17, depois que ele recapitulou exemplos dos sofrimentos pelos quais passou, ele se referiu a tudo como " leve e momentânea tribulação". Por que? Por que a presença e o poder do Espirito Santo em sua vida permitiram-lhe experimentar e expressar alegria e gratidão em meio a angustias. Sua experiencia pessoal com o Senhor vivo produzia todos os tipos de frutos que resultavam em louvor e ações de graça. Muitas pessoas em nossos dias buscam pela vontade de Deus como se ela fosse um tesouro ilusório que Ele esconde delas. No entanto, Ele claramente nos diz que parte de Sua vontade para nossa vida é: " Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para conosco" (1Ts 5.18).
A vontade d'Ele também esta ligada aos dois versículos anteriores: "Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar" (vv 16-17).  Tiago escreveu: "Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações" (Tg 1.2). Não devemos permitir que as circunstâncias determinem a atitude do nosso coração. Nossas situações não devem ter nenhum peso em termos de alegria que produz corações gratos a Deus. Pratiquemos os três ( alegremo-nos, oremos e demos graças) e viveremos uma vida caracterizada pelo contentamento que Paulo experimentou.  Se você está procurando pela vontade de Deus em sua vida, comece dando graças em todas as coisas. Você poderá se surpreender sobre onde essa atitude de gratidão poderá leva~lo.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

AINDA TEMOS COMPAIXÃO ???

Há algum tempo um homem de 58 anos foi empurrado sobre os trilhos do metrô de Nova York, numa estação próxima a Times Square. Um fotógrafo que estava ali por acaso documentou a morte iminente do homem: ele tentava subir desesperadamente na plataforma de embarque porque via o trem se aproximando com rapidez. A fotografia dessa cena ocupou a primeira pagina do New York Post: " Esse homem esta prestes a morrer", dizia a manchete em letras garrafais.
Compreensivelmente a imagem causou acaloradas discussões nos Estados Unidos.  A questão levantada foi se o fotografo, não deveria ter ajudado o homem em perigo ao invés de ficar tirando fotografias e vendo-o morrer. Dias depois, o fotografo teve de responder as perguntas críticas de dois jornalistas na TV: "Você não poderia ter ajudado ? Por que você usou sua câmara num momento tão dramático, ao invés de ajudar o condenado a morte certa?" Na realidade, o fotografo teria 22 segundos para tentar tirar a vitima de cima dos trilhos.
Eventos trágicos, mexem conosco!
Mas não devemos esquecer que diariamente morrem muitas pessoas ao nosso redor e que elas estão indo para a perdição eterna. São pessoas que precisariam de nossas mãos estendidas. Mas, o que fazemos ? Muitas vezes somos meros espectadores, que percebem as pessoas paradas nos trilhos da morte, e ainda assim não nos movemos e não fazemos nada.
Deus não fica indiferente ao destino eterno dos perdidos. É o que Ele declara em Ezequiel 18.32: "Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertei-vos e vivei".
Neste contexto encontramos uma história muito comovente na Bíblia. Deus enviou Seu mensageiro Jonas para Nínive, para alertar a pessoas de que deveriam converter-se de suas maldades (Jn 3.4). A Bíblia menciona varias vezes que Nínive era uma grande cidade. Para circundá-la eram necessários três dias de caminhada. Provavelmente Jonas estava plenamente convicto de que assistiria à queda dessa cidade.  Ele posicionou-se a uma distância segura, talvez num ponto elevado, para melhor assistir (Jn 4.5).  Mas depois que Deus viu a atitude dos moradores de Nínive, "como se converteram de seu mau caminho",  Sua graça entrou em ação: ..."e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez" (Jn 3.10). Justamente isso deixou Jonas muito irritado. O espetáculo que ele esperava assistir não aconteceu. Ele queria tanto ver os homens maus sendo castigados ! Deus, porem, tinha outros planos. Ele se compadeceu do povo de Nínive e não o destruiu (Jn 4.11).
A pergunta que cada um de nós deveria se fazer é: Ainda tenho compaixão com aqueles que se encaminham para a perdição ? Cremos que estamos vivendo nos tempos finais, e a urgência de alertar os perdidos é grande. Mas, sem medo de errar, podemos dizer que a  "mentalidade de espectador" tem se alastrado de forma alarmante entre os crentes. Também estamos sendo engolfados por essa postura de ficar só olhado ???  Será que, como Abraão, estamos preocupados em resgatar dos trilhos mortais aqueles que estão condenados a morrer sem Cristo ? Sabemos para onde vai o nosso mundo. Estamos fazendo tudo o que podemos para evitar que as pessoas ao nosso redor se percam para todo o sempre ?? Quando Abraão ficou sabendo que Deus destruiria Sodoma, começou a interceder por seus moradores. Ou somos como Jonas, que preferiu ficar parado só olhado ?? O repórter americano que mencionei no inicio do texto teve de se explicar para os jornalistas. Nós teremos que nos explicar para o Senhor Deus, justificando nossas atitudes de desleixo para com aqueles que estavam se dirigindo para a morte certa... AINDA TEMOS COMPAIXÃO COM OS NOSSOS SEMELHANTES ??

sábado, 11 de maio de 2013

Como a transigência esta pavimentando o caminho rumo a Apostasia.

Por toda a história, satanás tem usado duas linhas de ataque em sua contínua guerra contra Deus: eliminar o povo de Deus fisicamente e anular os ministérios de Deus por meio da apostasia. Apostasia é definida como "o abandono de algo que se professou voluntariamente; uma total deserção da fé, dos princípios, ou do partido".(novo dicionário internacional da língua inglesa de Webster).
Um método eficiente que satanás usa para induzir ministérios biblicamente sadios a seguir pela apostasia é o sincretismo. Sincretismo é "uma transigência religiosa" ou "uma aceitação não-critica de crenças ou práticas conflitantes ou divergentes". (Ibid 2558)
Atualmente, o sincretismo é abundante, pois igrejas que professam ser evangélicas transgridem seus valores ao abraçarem doutrinas e práticas contrárias às Escrituras. O problema existe a séculos e avilta a natureza sagrada da Igreja, conformando-a ao conceito do mundo sobre relevância.

      RECONHECENDO O SINCRETÍSMO

Quando o Império Romano estabeleceu o Cristianismo como a única religião legal no final do século IV, muitos pagãos se associaram com igrejas cristãs. Eles praticavam a religião pagã que os babilônios haviam adotado no século XXII a.C que envolvia o culto a uma deusa chamada " a santa virgem", "a virgem mãe" e "a rainha do ceu e da terra". Os romanos pagãos cristianizaram esses títulos ao transferi-los para a virgem Maria, e a igreja Romana finalmente os adotou por meio do sincretismo. No Brasil, o espiritismo tem acumulado uma influência bastante difundida. Um significativo numero de devotos católicos romanos usa os serviços de médiuns espiritas. A evolução darwiniana também tem tido um impacto sincrético poderoso no cristianismo organizado. Começando no final do século XIX, ela teve um papel chave no desenvolvimento da teologia liberal dentro de alguns grupos da igreja que em sua origem eram biblicamente sadíos. Desde então o darwinismo tem mudado radicalmente a bússola moral da sociedade. Em seu livro (A perigosa Idéia de Darwin) Daniel Dennett disse que a evolução darwiniana é como um "àcido universal, ela corrói praticamente todos os conceitos tradicionais e deixa em seu rastro uma visão de mundo revolucionada". A evolução darwiniana tem causado impacto sobre alguns pastores e professores que são biblicamente firmes, exceto por sua interpretação de Genesis 1. Eles deixaram de assumir a posição de que os seis dias de criação devem ser interpretados literalmente como seis dias sucessivos de 24 horas, sem nenhuma lacuna de tempo entre eles. Ao invés disso, renderam-se às alegações dogmáticas de cientistas de que levou milhões ou bilhões de anos para o universo e todas as coisas que nele há vierem a existir. Um estudo muito significativo revelou que essa abordagem teve um impacto negativo e trágico sobre os jovens que cresceram em lares cristãos e participaram de igrejas que, não fosse por isso, seriam biblicamente sadias. Consequentemente muitos desses jovens já "estavam perdidos" em suas atitudes com relação à igreja antes de saírem de suas casas para cursar a universidade. Eles sentiam que, se não podiam confiar que a criação descrita em Genesis era literalmente verdadeira, como poderiam confiar no restante da Bíblia???

Igrejas Dirigidas pelo Mercado

Outra forma de sincretismo que está causando impacto nas igrejas hoje é a abordagem "dirigida pelo mercado", de ser relevante para os não-salvos (pessoas que ainda não aceitaram Cristo como seu Salvador pessoal). Assim como fabricantes perguntam às pessoas que tipo de produto elas querem, muitas igrejas estão perguntando para as pessoas não-salvas como deveria ser a igreja para que elas venham a frequentá-la.  Assim como os fabricantes reequipam-se com ferramentas novas para produzirem produtos mais populares, as igrejas "dirigidas pelo mercado" reequipam-se com novas ferramentas para atraírem os não-salvos. Elas acham que a igreja deve adotar a forma do conceito do mundo sobre relevância a fim de alcançar as pessoas não-salvas com o Evangelho. Embora a motivação dessas igrejas seja louvável, o resultado tem consequências negativas. Existe um conflito entre duas diferentes visões de mundo: a Bíblica e a secular-humanística. Deus responsabiliza a igreja a se apegar, propagar e andar conforme a visão de mundo Bíblica.
A palavra traduzida por Igreja no Novo Testamento, significa "chamados para fora". Deus chamou a Igreja para fora do sistema mundial satânico sem Deus, sistema com sua visão secular-humanística, e espera que ela seja diferente de tal sistema. "Cristo amou a Igreja e a Sí mesmo Se entregou por Ela", para que a Igreja seja, por natureza "santa e sem defeito" (Ef 5.25-27). A palavra traduzida por "santa" significa "separada, diferente, distinta", em oposição à palavra traduzida por profana" que significa, "secular, comum, ordinária". A Igreja deve ser "coluna e baluarte da verdade" (1Tm3.15). Uma coluna, ou pilar, é responsável por sustentar um outro objeto. Deus estabeleceu a Igreja para sustentar Sua verdade bíblica e ser inabalável contra todas as forças opostas na guerra entre essas duas visões de mundo. A palavra traduzida por "baluarte" significa, "fundação, alicerce" e se refere àquilo que é "firme, inabalável, imutável". O proposito da fundação é impedir um prédio de se deslocar ou mudar sua estrutura original. A intenção de Deus é que a Igreja impeça que Sua verdade revelada seja deslocada ou transformada em algo que já não é mais a verdade. Cristo ordenou aos crentes: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Mc 16:15). Ele ordenou que o evangelismo acontecesse essencialmente no mundo, onde os não-salvos estão. Tornar a igreja relevante para os não-salvos a fim de atraí-los aos seus cultos para receberem a salvação inverte a ordem do evangelismo determinada por Cristo. Isso corrompe a natureza santa da igreja ao torna-la conforme o conceito de relevância do mundo, em vez do conceito de relevância de Deus. A abordagem "dirigida pelo mercado" usa a sabedoria do mundo em lugar das armas que Deus nos fornece: "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2Co 10.4-5). O movimento da igreja emergente é outro exemplo de sincretismo. Ele coloca uma ênfase mística no "eu interior" através de algumas formas de adoração emprestadas de outras religiões e se opõe a outros princípios da Palavra de Deus, tais como: a Bíblia como a fonte ultima de autoridade, doutrina, a morte de Cristo como o juízo de Deus pelo pecado da humanidade, a pena capital, o juízo eterno e a existência da verdade absoluta. Em vez disso, ela enfoca o estabelecimento do Reino de Deus na terra através do bem-estar social. Infelizmente não existem sinais de que o sincretismo irá desaparecer. Pelo contrário, parece que ele terá um papel-chave na apostasia final, antes da revelação do anticristo (2Ts 2.3).
 
Renald E. Showers.