Há algum tempo um homem de 58 anos foi empurrado sobre os trilhos do metrô de Nova York, numa estação próxima a Times Square. Um fotógrafo que estava ali por acaso documentou a morte iminente do homem: ele tentava subir desesperadamente na plataforma de embarque porque via o trem se aproximando com rapidez. A fotografia dessa cena ocupou a primeira pagina do New York Post: " Esse homem esta prestes a morrer", dizia a manchete em letras garrafais.
Compreensivelmente a imagem causou acaloradas discussões nos Estados Unidos. A questão levantada foi se o fotografo, não deveria ter ajudado o homem em perigo ao invés de ficar tirando fotografias e vendo-o morrer. Dias depois, o fotografo teve de responder as perguntas críticas de dois jornalistas na TV: "Você não poderia ter ajudado ? Por que você usou sua câmara num momento tão dramático, ao invés de ajudar o condenado a morte certa?" Na realidade, o fotografo teria 22 segundos para tentar tirar a vitima de cima dos trilhos.
Eventos trágicos, mexem conosco!
Mas não devemos esquecer que diariamente morrem muitas pessoas ao nosso redor e que elas estão indo para a perdição eterna. São pessoas que precisariam de nossas mãos estendidas. Mas, o que fazemos ? Muitas vezes somos meros espectadores, que percebem as pessoas paradas nos trilhos da morte, e ainda assim não nos movemos e não fazemos nada.
Deus não fica indiferente ao destino eterno dos perdidos. É o que Ele declara em Ezequiel 18.32: "Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertei-vos e vivei".
Neste contexto encontramos uma história muito comovente na Bíblia. Deus enviou Seu mensageiro Jonas para Nínive, para alertar a pessoas de que deveriam converter-se de suas maldades (Jn 3.4). A Bíblia menciona varias vezes que Nínive era uma grande cidade. Para circundá-la eram necessários três dias de caminhada. Provavelmente Jonas estava plenamente convicto de que assistiria à queda dessa cidade. Ele posicionou-se a uma distância segura, talvez num ponto elevado, para melhor assistir (Jn 4.5). Mas depois que Deus viu a atitude dos moradores de Nínive, "como se converteram de seu mau caminho", Sua graça entrou em ação: ..."e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez" (Jn 3.10). Justamente isso deixou Jonas muito irritado. O espetáculo que ele esperava assistir não aconteceu. Ele queria tanto ver os homens maus sendo castigados ! Deus, porem, tinha outros planos. Ele se compadeceu do povo de Nínive e não o destruiu (Jn 4.11).
A pergunta que cada um de nós deveria se fazer é: Ainda tenho compaixão com aqueles que se encaminham para a perdição ? Cremos que estamos vivendo nos tempos finais, e a urgência de alertar os perdidos é grande. Mas, sem medo de errar, podemos dizer que a "mentalidade de espectador" tem se alastrado de forma alarmante entre os crentes. Também estamos sendo engolfados por essa postura de ficar só olhado ??? Será que, como Abraão, estamos preocupados em resgatar dos trilhos mortais aqueles que estão condenados a morrer sem Cristo ? Sabemos para onde vai o nosso mundo. Estamos fazendo tudo o que podemos para evitar que as pessoas ao nosso redor se percam para todo o sempre ?? Quando Abraão ficou sabendo que Deus destruiria Sodoma, começou a interceder por seus moradores. Ou somos como Jonas, que preferiu ficar parado só olhado ?? O repórter americano que mencionei no inicio do texto teve de se explicar para os jornalistas. Nós teremos que nos explicar para o Senhor Deus, justificando nossas atitudes de desleixo para com aqueles que estavam se dirigindo para a morte certa... AINDA TEMOS COMPAIXÃO COM OS NOSSOS SEMELHANTES ??
Gostei da reflexão sobre compaixão... Que Deus te abençoe sempre! Deus teve compaixão de nós ao enviar o seu único filho para nos salvar... e esta mensagem libertadora é para todos.
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