sexta-feira, 15 de junho de 2012

A guerra de todos os tempos.

A vida de Jesus na terra, desde seu nascimento até a morte na cruz, foi uma batalha com o diabo, a batalha decisiva da guerra de todos os tempos. Lembremo-nos que um dos objetivos principais da vinda de Cristo foi “destruir as obras do diabo” (1 João 3:8). E Jesus não subestimou seu inimigo. Três vezes, na ultima semana de sua vida terrena, Jesus se referiu a satanás como sendo o “ príncipe deste mundo” (João 12:31; 14:30; 16:11). A palavra que ele usou (archon) era frequentemente usada para indicar o mais alto oficial em um território ou nação. Jesus sabia que ele havia se envolvido com o incontestável líder de um vasto exército de espíritos caídos. Satanás era a cabeça do reino do mal, que é a total antítese do reino de Deus. Ele e seus demônios haviam transformado a boa criação, que havia surgido da mão de Deus, num mundo infestado de pecado. Por causa dele o mundo é hoje o lugar onde desastres naturais podem matar milhares de crianças inocentes, deixando milhares de malandros impunes. É um mundo no qual as vidas de pessoas decentes muitas vezes são cheias de dor e decepção, enquanto que os criminosos desfrutam de saúde e sucesso. É um mundo onde pessoas boas muitas vezes são vitimas de pessoas desonestas. Tudo isso porque satanás é “ o deus deste século” (2 coríntios 4:4). Portanto, a enormidade do sofrimento de Jesus no Getsêmani representa uma “guerra dos deuses”. Jesus veio para “destruir as obras do diabo” e a sua agonia no jardim do Getsêmani representou uma fase crucial e decisiva na batalha com o “príncipe das trevas”. Com seu nascimento neste mundo, o Senhor dos Senhores entrou num território que o diabo e seus exércitos haviam ocupado. O apóstolo João escreveu: “O mundo todo está sob o poder do maligno” (1 João 5:19). Nas montanhas da Galileia, nas ruas de Jerusalém e, finalmente, por entre as oliveiras do Getsêmani, o Rei dos reis desafiou todas as hostes do mal. Ao longo do caminho, havia aqueles que tentaram colocar Jesus do outro lado da batalha. Todavia, quando alguém o acusou de ter expelido demônios pelo poder de belzebu, ele respondeu: “Se satanás expulsa satanás, está dividido contra sí mesmo. Como, então subsistirá o seu reino? ...Mas se é pelo poder de Deus que eu expulso demônios, então é chegado o Reino de Deus . Ou, como alguém pode entrar na casa do homem forte, e levar dali seus bens, sem antes amarrá-lo?” (Mateus 12:26-29). Ao amarrar o“homem forte” (satanás), Jesus desempenhou a sua autoridade sobre satanás e seu reino. Ao sofrer no Getsêmani e ao morrer na cruz, Cristo nos deu uma base, sobre a qual podemos orar: “ Venha o Teu Reino; seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:10). Ao curar os enfermos, expelir os demônios e ressuscitar os mortos, Jesus entrou no reino de satanás e mostrou o seu Senhorio sobre todas as forças do mal. Por meio da sua morte na cruz e da sua ressurreição, quando a fatídica hora se aproximou. Ele pode ter contribuído em trazer ao coração de Jesus um profundo sentimento de medo, durante a última semana de seu ministério terreno. Este sentimento de temor levou Jesus a exclamar: “ Agora, está angustiada a minha alma, e o que direi? Pai, salva-me desta hora ? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora. Pai glorifica o Teu Nome!” (João 12:27-28). Quando tinha deixado de lado o exercício dos seus atributos divinos, Jesus estava sujeito a sentimentos de tristeza, assim como nós. Mas mesmo que ele temesse muito assumir a maldição do pecado sobre sí, rejeitou todo e qualquer pensamento de voltar atrás. Contudo, precisava de uma palavra de seu Pai naquele momento. Assim, depois de seu pedido: “Pai, glorifica o Teu Nome!”, o Pai respondeu amorosamente com uma voz do céu: “ Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei”(v.28). Com isso, Jesus exclamou triunfalmente: “ Chegou a hora de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (v. 31). O que Jesus quis dizer quando usou a palavra agora para descrever a derrota de satanás? Parece que a sua agonia no Getsêmani e seu sofrimento na cruz não derrubaram o inimigo. Satanás continuava ativo 20 anos mais tarde quando o apóstolo Paulo o chamou de “ o deus deste século” (2 corintios 4:4). E, 15 anos mais tarde, satanás ainda era uma figura ameaçadora, pois o apóstolo Pedro disse que ele “anda em derredor como leão que ruge, procurando uma presa para devorar” (1 Pedro 5:8). Trinta anos depois que Pedro havia escrito as suas cartas, o apóstolo João declarou: “ que o mundo todo está sob o poder do maligno” (1 João 5:19). É óbvio, satanás ainda não foi despojado deste mundo. Ele ainda é um inimigo poderoso. Mas Jesus, por meio de seu sofrimento e morte, abateu o sopro da morte de satanás. Com a sua ressurreição, ele assegurou o fracasso certo de Satanás e suas hostes. Eles sabiam que, quando Jesus disse “Está consumado” e deu seu ultimo suspiro, Ele havia pago o preço total pelos pecados de todo o mundo. Por isso os demônios “ tremem” quando pensam em Deus (Tiago 2:19). Satanás não tem poder para fazer um mal eterno àqueles que estão em Cristo. Este fato levou Paulo a escrever: “ quando vocês estavam mortos em pecados...Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões , cancelou a escrita da divida...que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz, e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz” (Colossenses 2:13-15). Paulo retratou Jesus, erguendo-se como um poderoso conquistador, à semelhança de um general vitorioso, apresentando publicamente a sua vitória sobre os inimigos, guiando-os pelas ruas de uma cidade, desarmados e algemados. Satanás foi derrotado, envergonhado e desarmado pela cruz de Cristo e por tudo que se seguiu. A realidade desta vitória ainda não foi reconhecida em sua totalidade. Isto virá ainda mais tarde. Mas as forças das trevas sabem que virá o dia, quando “ se cumprirá a palavra que está escrita: A morte foi destruída pela vitória” (1 corintios 15:54) e ele será “ lançado no lago de fogo” (Apocalipse 20:10). Não é de admirar que satanás fizesse de tudo para evitar que Jesus tivesse esse encontro com a cruz.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Satanás nas trevas

O arqui-inimigo de Deus tambem estava agindo em meio ao terrivel sofrimento de Jesus no Getsêmani. A principio, o ser mais exaltado criado por Deus, satanás, havia liderado uma rebelião contra o Deus dos céus nos tempos pré-históricos. A Bíblia não nos dá detalhes, mas os misteriosos odes ao rei da Babilônia, em Isaias 14, e ao rei de Tiro, em Ezequiel 28, aparentemente contêm alusões à queda da criatura tenebrosa que estava manipulando esses reis para os seus propósitos sinistros. O príncipe das trevas odiava sem qualquer dúvida a Jesus, porque ele sabia dos dois propositos da missão de Jesus: "salvar o seu povo dos seus pecados" (Mateus 1:21) e "destruir as obras do diabo" (1 João 3:8). Não creio que o diabo e seus demônios se regozijaram quando Jesus estava sendo pregado na cruz. Eles queriam que Ele morresse, mas não crucificado. Eles sabiam que se Cristo suportasse a cruz, Ele estaria pagando o preço do pecado e quebraria com isso o poder da morte. O principe das trevas sem duvida estava por detrás da ordem do rei Herodes de matar todos os bebês em Belem (mateus 2:16). É possivel que ele tambem tentou matar Jesus no Getsêmani, quando a dor interior foi tão grande que "o seu suor era como gotas de sangue que caíam no chão" (Lucas 22:44). Mas parece que o inimigo de Deus gastou a maior parte de sua energia em tentativas repetidas de evitar que Jesus cumprisse um sacrificio perfeito. Este foi claramenteo seu alvo quando ele e Jesus, num momento divinamente marcado, se confrontaram no deserto. Depois de descrever o batismo de Jesus, Marcos disse: "logo após, o Espirito o impeliu para o deserto. Ali esteve quarenta dias, sendo tentado por satanás" (Marcos 1:12-13). A primeira tentação da qual ouvimos falar veio depois que Jesus esteve no deserto, sem comer, por quarenta dias. Sabendo que Jesus estava extremamente faminto, satanás se aproximou dele: " Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães" (Mateus 4:3). Ele impeliu Jesus a demonstrar o seu próprio poder, sem tomar em conta a vontade do Pai. Jesus respondeu, citando Deuteronômio 8:3 "nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus".
Em Deuteronômio, Moisés estava lembrando os israelitas de que Deus os havia humilhado, fazendo-lhes necessário viver do maná, em lugar de uma comida que eles mesmos pudessem prover para sí. O proposito era ensina-los a confiarem mais em Deus do que nos seus proprios esforços. Jesus viu a sua fome, como algo planejado pelo Pai, e por isso não iria saciá-la, fazendo as coisas por conta propria. Ele tinha deixado de lado o exercício independente do seu poder, como Deus, de maneira que pudesse viver como um ser humano frágil. Ele o fez para poder experimentar as provas da vida, assim como nós. Escolheu depender de Deus, assim como nós. Ele se negou a violar este compromisso só para satisfazer, de forma milagrosa a sua fome. A segunda tentativa de satanás de acabar com a missão de Cristo foi menos sutíl. De forma sobrenatural, ou por meio de uma visão, o diabo levou Jesus ao ponto mais alto do templo. Ele sugeriu que Jesus saltasse de lá, lembrando-o do salmo 91:10-12 "porque a seus anjos dará ordens a teu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos...para que não tropeces em alguma pedra". Talves satanás estivesse sugerindo que a presença de anjos, livrando Jesus da morte certa, iria impressionar tanto as massas ao redor do templo, que as pessoas iriam aceitá-lo instantaneamente como o Messias prometido. Mas Jesus respondeu citando Deuteronômio 6:16 " Não tentarás o Senhor, teu Deus".
A terceira tentativa do diabo de afastar Jesus da cruz, foi mais direta. Foi descarada e ousada. No alto de uma montanha, de novo, seja pelo poder sobrenatural ou por uma visão, o diabo mostrou todos os reinos do mundo para Jesus, dizendo que renunciaria a seus direitos sobre todos eles, sob uma condição: que Jesus se ajoelhasse diante dele em adoração. Ele estava dando a entender, que o fim justifica os meios. Somente um ato de adoração, e Jesus poderia realizar o seu objetivo de tirar, à força, todos os reinos de satanás, sobre os quais ele estava reinando como o "principe" (João12:31; 14:30; 16:11). Jesus não reagiu a esta reivindicação, mas rejeitou a oferta. Ele sabia que o mal nunca poderá ser vencido pelo próprio mal. Mandou o diabo se retirar, citando novamente as escrituras: "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele prestarás culto" (Lucas 4:8 ; Deuteronômio 6:13). Lucas disse: "Tendo terminado todas estas tentações, o diabo o deixou até ocasião oportuna" (4:13). O diabo foi profundamente derrotado, e por isso, deixou Jesus - por aquele momento. Mas sem dúvida, ele tentou de novo, sempre que viu uma oportunidade de persuadir Jesus, de que poderia alcançar o seu objetivo, sem ir para a cruz. Mateus 16:13-28 registra a conversa que descreve uma tentativa de satanás de influenciar a Cristo, por meio das palavras de um amigo achegado. Isso aconteceu aproximadamente no final dos três anos de vida pública de Jesus. Pedro, um discípulo fiel, acabara de fazer uma grandiosa confissão: " Tú és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (v. 16). Jesus o elogiou por isso. Mas quando Jesus "começou a explicar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse para Jerusalém e sofresse muitas coisas...e fosse morto e ressucitasse no terceiro dia" (v.21), Pedro ficou horrorizado. Como o Deus vivo poderia permitir isso ao seu Filho sem pecado? Assim, Pedro o chamou à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: "Nunca, Senhor! Isso nunca Te acontecerá" (v.22). Temos certeza que Pedro estava bem intencionado. Ele amava o Mestre. Ele cria que seu Mestre era o Rei e Messias prometido, que em breve iria estabelecer o seu reino na terra. Por isso ele deve ter se surpreendido pela resposta severa de Jesus: "Arreda, satanás! Tú és para mim, pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, mas dos homens" (v.23). Que diferença de alguns momentos atrás! Em vez de elogiá-lo, Jesus o repreendeu severamente, até chamando-o de satanás. Pedro se tornou involuntariamente um instrumento do diabo, tentando tudo para dissuadir Jesus de ir para a cruz.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Deus nas Trevas

Pais amorosos fazem tudo o que podem a fim de proteger os seus filhos de dores desnecessárias.
Mas, segundo a Bìblia, Deus Pai intensificou deliberadamente a angústia mental e as dores fisicas do seu Filho, durante suas ultimas 15 horas de vida. Isaias 53:9-10, escrito quase 700 anos antes, diz: " posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca. Tadavia, ao Senhor agradou moê-lo fazendo-o sofrer...". Mais ou menos 25 anos depois da crucificação de Jesus, o apostolo Paulo escreveu: " Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornassemos justiça de Deus". (2 corintios 5:21). Estas são palavras chocantes. Por que Deus "esmagaria" intencionalmente o seu Filho inocente ?? O que Paulo quis dizer quando escreveu que: "Deus tornou pecado por nós, aquele que não tinha pecado"? Para responder estas perguntas e começar a entender o sofrimento no Getsêmani, precisamos ver o significado da palavra morte em Romanos 6:23, "Pois o salário do pecado é a morte". Como salário do pecado, a morte, envolve mais que o processo de morrer. O elemento mais importante na morte, como "salario do pecado", é antes espiritual do que físico. Paulo escreveu para os cristãos de Éfeso: "Voces estavam mortos em seus pecados, nos quais costumavam viver". (Efésios 2:1-2).
Observe que os Efésios estavam mortos enquanto ainda viviam. Conforme a Bíblia, toda pessoa, antes da salvação está espiritualmente alienada de Deus. Esta é a razão da súplica de Paulo: "reconciliem-se com Deus". (2 corintios 5:20). Para nos redimir e nos dar a possibilidade de estarmos espiritualmente vivos...em contato com Deus...Jesus, como nosso substituto, tinha que experimentar ambas as mortes, a fisica (separação do corpo e da alma) e a morte espiritual (a separaçã0 ou alienação de Deus). Quando as pessoas rejeitam o Evangelho, elas permanecem espiritualmente mortas. E quando passam para a eternidade, sozinhos e sem Cristo, elas experimentam a "segunda morte" (Apocalipse 20:14) Esta separação eterna de Deus, é o que constitui a essência do inferno. Portanto, quando Paulo disse que "Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado", ele quis dizer que Deus tratou o seu Filho, sem pecado, como se fosse um pecador. Ele fez com que Jesus experimentasse a morte fisica e a desolação do inferno (a segunda morte). Em Galatas 3:13 Paulo expressou esta verdade, quando escreveu: "Cristo nos redimiu da maldição da Lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: " Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro". Com isso em mente, vamos retornar ao Getsêmani. Vemos Jesus dizer: "A minha alma está profundamente triste, até a morte" (Mateus 26:38) A angustia o assolou. Muitas vezes havia passado longas noites falando e encontrando forças junto de seu Pai. Mas naquela noite foi diferente. Ele se levantou três vezes à procura de seus discipulos. Ele não estava encontrando satisfação por meio da oração. Em lugar disso, ele sentiu que seu Pai estava se afastando dele. Este era o "cálice" que ele temia (v.39). Seria bem mais fácil para ele sofrer a dor fisica, associada à morte, se pudesse faze-lo estando em comunhão com o seu Pai. Lucas descreveu somente a terceira oração de nosso Senhor, mas acrescentou um detalhe que não é mensionado em nenhum outro lugar: "apareceu-Lhe então um anjo do céu, que o fortalecia. Estando angustiado, ele orou ainda mais intensamente, e o seu suor era como gotas de sangue que caiam no chão" (Lucas 22:43). Observemos que a vinda do anjo tanto o fortaleceu como aumentou a sua angústia. Por um lado, o anjo aparentemente ajudou Jesus assegurando-Lhe que, apesar do Pai ser obrigado a afastar-se da sua presença, as hostes celestiais estavam Lhe assistindo, maravilhados e sem respiração. Do outro lado, a vinda do anjo aumentou-Lhe a angústia, talves porque Lhe lembrou da realidade de que Deus estava de fato se afastando Dele. Em vez de se dirigir diretamente a Ele, o Pai falou por meio de um dos seus servos. Jesus estava começando a experimentar a desolação do inferno. Sim, Ele havia escolhido se submeter a toda a dor e vergonha que esperavam por ele, sem a ajuda de seu próprio poder divino, sem o conforto do Espirito Santo e sem o apoio do seu Pai Celestial.
Aproximadamente 14 horas depois, depois de estar por quase seis horas na cruz, a intesidade da angústia espiritual de nosso Salvador arrancou Dele o grito: "Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?" (Marcos 15:34). Depois de receber um pouco de vinagre de um soldado romano, Jesus compreendeu que ele havia esvaziado o cálice da ira de Deus contra o pecado. Isto trouxe outro brado, agora triunfante aos seus lábios: " Está Consumado!" (joao 19:30) Ao refletirmos nesta cena, não podemos deixar de pensar na dor que o Pai e o Espirito Santo devem ter sentido quando viram o Filho, o outro membro da trindade eterna, sofrer e morrer daquela maneira: abandonado e sozinho. Como devem ter desejado ir ao seu encontro, toca-lo e dizer-Lhe:" Estamos aqui, contigo." Mas para redimir-nos, era necessário que o Filho, que se havia tornado um membro da familia humana, enfrentasse um teste severo, sem ter pecado, e sofrer a morte com todo o seu horror. Que Amor Incrivel.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A Luta de Cristo nas Trevas

A história nos conta de homens e mulheres que permaneceram serenos, até alegres, ao enfrentar a morte como mártires. Muitos escolheram a tortura e execução, mas não a deslealdade com o Salvador. Mas, por um certo tempo, no Jardim de Getsêmani, Jesus não demonstrou tal tranquilidade. Os relatos dos Evangelhos retratam-No profundamente atribulado e angustiado na véspera do seu julgamento e crucificação. Ele pediu que Pedro, Tiago e João o acompanhassem e orassem por Ele. Então separou-se deles uma pequena distância, caiu ao chão e começou a orar. Mas, em lugar de permanecer um longo periodo em oração, como tinha feito tantas vezes no passado, Ele logo voltou para onde estavam os discipulos, sentindo aparentemente a necessidade de sua companhia. Isto aconteceu três vezes. Conforme o escritor de Hebreus, "Jesus ofereceu orações e súplicas em alta voz e com lágrimas"(5:7). Há quem interprete a amargura de Jesus de maneira errada. Alguns contrastaram a Sua angústia com a resolução de Sócrates, do qual se diz que obedeceu calmamente à ordem de suicidar-se, bebendo cicuta. Criticam o alto brado de Jesus, na cruz: " Deus meu! Deus meu! Por que me abandonaste?"(Mateus 27:46) dizendo que reflete uma desilusão devastadora e um desespero completo. Mas, na sua propria cegueira, muitos cerraram os olhos para o significado do que transpareceu naquela noite e no dia seguinte. Eles não reconheceram o fato de que Deus e satanás estavam, naqueles momentos, envolvidos na batalha cricial da Guerra de todos os tempos. A seguir, veremos como Deus, satanás, os discípulos e os inimigos de Jesus, todos contribuiram para a angústia indescritivel que Jesus suportou naquela quinta-feira tenebrosa e, na mais tenebrosa ainda, "sexta-feira Santa".